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quinta-feira, 10 de junho de 2010
A Procura do Amor
Aproveitando que estamos no mês dos namorados quero falar sobre o amor, como nos sentimos quando o vivenciamos, quando não o vivenciamos e que tipo de amor queremos.
Falar sobre amor é agradável, entende-se como algo maravilhoso, uma relação que vem para completar nossa vida, que nos dá calor, que nos trás o sentido para viver, nos faz sonhar acordados e melhorar nossa auto-estima. Muitos dirão que este é o amor vivido nos romances, filmes, mas não, este amor é também vivido na vida real por muitas pessoas.
Grande parte dessas pessoas descreve a vivência do amor como sendo um sonho, dizem ter encontrado o par perfeito, do quanto o destino foi bom com elas e mesmo passado a fase dos três primeiros meses a pessoa com quem se esta continua sendo a pessoa amada, mas agora mais real, mais humana. A paixão cega se torna no amor que vê, um amor mais tranqüilo, mais equilibrado e sem tanta afobação.
Viver o amor para algumas pessoas é estar e se sentir completo, é poder ter alguém para contar e contar para este alguém suas dúvidas, medos e sonhos, sonhos que queremos viver junto com este alguém.
E as pessoas que não tem um amor como vivem?
Na experiência vivida em consultório, as pessoas de inicio dizem não sentir falta de alguém, que de alguma maneira estão organizando suas vidas, se dedicando a carreira, cuidando dos filhos (fruto da relação anterior). Estas pessoas vivem assim por muito tempo e algumas estão convictas de que estão bem e que realmente não sentem falta do amor, de alguém. O ser humano é único e como ser único cada qual tem suas necessidades, sua forma adequada de viver e suas prioridades.
Há outras pessoas, porém que chegam a um momento deste tempo vivido sem o amor, que sentem a necessidade de se apaixonar, que querem um amor, sentem desejo de voltar a compartilhar, de sentir que pertencem a outra pessoa, tem a sensação de que falta algo em suas vidas, de que não há um complemento, um alguém para ser feliz ou mais feliz e com estas sensações e desejos iniciam a procura desse alguém.
Como é este alguém? Que qualidades terá? Quais os defeitos que serão suportados?
O como será este alguém, suas qualidades e defeitos esta relacionado com a história de vida de cada um, com o momento de vida que cada um passa, estas são algumas das influências na escolha do amor, não são as únicas e não são regras.
Há pessoas que escolhem e desejam o amor romântico, onde há troca de cartas de amor, presentes, declarações de amor, com direito a serenatas, e claro tem o desejo de casar e formar uma família. Outras desejam algo mais racional, querem sim amar e ser amadas, mas querem algo tranqüilo, onde não necessitam declarar seu amor a toda hora, são pessoas que talvez já viveram um casamento e querem homens/mulheres mais companheiros (as), mais estabilizados (as) e não necessariamente o objetivo é o casamento.
Temos que lembrar sempre que não há o certo ou errado, que cada qual tem sua história de vida, suas influências, seu ambiente, o amor que procuro não será o mesmo que o seu. E seguindo esta linha de pensamento temos que lembrar também que um casal é formado de dois corações, de duas histórias e que o amor não é apenas gostar das qualidades, isto é fácil, é também entender e conviver com os defeitos.
O mais importante aqui é viver a vida de forma plena, procurando viver da melhor maneira as conseqüências das escolhas feitas, com ou sem amor, o único amor que não pode faltar é o amor a si mesmo.
Mas aonde procurar o amor?
Bom o amor pode surgir a qualquer hora ou lugar. Pode estar no local de trabalho, na balada, pode ser o amigo do amigo, pode estar na casa de um parente, temos que ficar atentos. Há uma música de um cantor argentino Fito Paez que se chama Um vestido e um amor, onde fala do como ficamos quando encontramos o amor, do quanto ele pode acontecer de forma inesperada. Então se querem encontrá-lo saiam, vão a lugares e ai um belo dia vão simplesmente encontrar a quem se deseja.
Você pode me dizer. Inês tenho medo, porque já me machuquei e não vou nem tentar. Eu te digo que, ter medo é natural, ainda mais quando se tem uma historia não muito boa, eu também tenho medo, mas ficar em casa sozinho, sentindo falta de alguém ou pena de si por não ter o alguém que se quer, não vai diluir o medo, não vai ajudar. Vá, coloque uma roupa bonita, que você se sinta bem, o perfume que mais gosta, e comece aos poucos, saia, apenas paquere, olhe, deixe que te olhem e quem sabe, você não estava a procura de nada, e simplesmente vê um certo alguém e descobre que tentar ainda é valido.
Para finalizar segue a tradução da alguns refrões da música que citei.
Um Vestido e um Amor (te vi)
Te vi juntavas margaridas do jardim
Eu sei que te tratei bastante mal
Não sei se eras um anjo ou um rubi ou simplesmente te vi
Te vi saíste entre as pessoas à cumprimentar
Os astros riram outra vez
A chave de mandala se quebrou
Ou simplesmente te vi
Tudo o que vi esta de mais
As luzes sempre iluminam a alma
E quando me perco na cidade
Você já sabe compreender
Que é só um momento não mais
Tinha que chorar
O sair a matar
Te vi te vi
Eu não buscava a ninguém e te vi.
Beijo a todos, fiquem bem.
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Um comentário:
Sábio e belo texto Inês!! O amor é força que nos movimenta em busca do belo, do bom, da felicidade e da paz!! Uma boa noite para você e parabéns pelo seu blog!! Beijos ;)
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